Ronaldo com Hipotireoidismo?



RIO - No dia em que resolveu sair de cena, Ronaldo revelou que sofre de hipotireoidismo , a baixa produção de hormônios pela tireoide, descoberto durante a passagem pelo Milan, e que o impediu de se manter em forma nos últimos anos. Alegou que o tratamento seria considerado doping, hipótese refutada pela comunidade médica. Para os especialistas, a reposição hormonal de tiroxina (T4) é simples: basta um comprimido tomado em jejum, geralmente pelo resto da vida. Com a doença controlada, qualquer um realiza suas atividades, inclusive esportes de alto nível. E o ganho de peso no hipotireoidismo não controlado é a queixa que menos preocupa, pois ficar sem o remédio pode ter consequências graves, inclusive para o coração.
Daí a surpresa quando Ronaldo diz que não está tomando remédios, alegando que poderia cair em teste antidoping, e que engordou devido à doença. O médico Eduardo de Rose, membro-fundador da Agência Mundial Antidoping e responsável pela área de controle antidoping do COB, afirma que a droga para hipotireoidismo não é proibida. E isso não precisaria ser comunicado.
- Mesmo que fosse, quando há recomendação médica, o atleta pode tomar o que for preciso, desde que avise à Federação Internacional.
A médica Gisah Carvalho, presidenta da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-PR), confirma que o comprimido para controlar o déficit de hormônio da tireoide não é doping.
- Ele não melhora a performance, apenas repõe a quantidade necessária de hormônio $o funcionamento das células - explica. - O aumento de peso, devido à lentidão do metabolismo, não é expressivo nem o único sintoma em pessoas não tratadas. Elas podem se queixar de prisão de ventre, cansaço, fraqueza, pele seca, maior sensibilidade ao frio, cabelos finos e ralos etc.
Em sua entrevista, Ronaldo só falou do ganho de peso, que pode ser causado, em parte, pelo acúmulo de líquido e redução da queima de calorias. Com a medicação, a doença é bem controlada, diz Mário Vaisman, do Departamento de Tireoide da SBEM.
- Se ele não tratou o hipotireoidismo, isso pode ter influenciado nas suas contusões musculares.


 

O que é?






Introdução

Atualmente, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento do hipotireoidismo são bem definidos. O distúrbio acomete 1% a 3% da população em geral e é considerado uma das queixas mais freqüentes nos consultórios de endocrinologia. 

Em Forma de Escudo

A tireóide é uma glândula situada na parte da frente do pescoço, abaixo do chamado "pomo de Adão". Tem formas comparadas à de escudo ou de borboleta, sendo facilmente palpável. É responsável pela produção dos hormônios tireoideanos T3 (triodotironina) e T4 (levotiroxina). Essas substâncias são transportadas pelo sangue para todas as partes do corpo, regulando o metabolismo. "Entre outras coisas, o metabolismo refere-se à maneira pela qual o organismo queima calorias, gorduras, açúcares e atua no trabalho muscular. Os hormônios tireoideanos também afetam vários órgãos do corpo de maneiras específicas", explica a endocrinologista Ivana Maria Netto Victória, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Hospital Biocor de Belo Horizonte. Outro hormônio produzido pela tireóide é a calcitonina, que possui a função de regular o cálcio no corpo


Hipotireoidismo

É caracterizado pela diminuição ou pela baixa produção dos hormônios T3 (triodotironina) e T4 (levotiroxina). Afeta cerca de 1% a 3% da população geral, sendo problema médico comum. É mais freqüente entre as mulheres, em uma proporção de 4 para 1 em relação aos homens. A faixa etária de maior incidência é de 40 a 60 anos. Pesquisas estimam a existência de aproximadamente 5 milhões de brasileiros com hipotireoidismo. "A grande maioria não foi ainda diagnosticada", alerta a médica Ivana Victória.

As causas mais comuns do hipotireoidismo são a inflamação crônica da tireóide (chamada tireoidite ou doença de Hashimoto), as manifestações pós-cirúrgicas (retirada parcial ou total da glândula) e as de decorrência de tratamentos prévios de glândula hiperativa. A doença de Hashimoto tem traços genéticos e caracteriza-se pela produção exagerada de anticorpos pelo sistema imunológico que agridem a própria glândula. É uma doença auto-imune que provoca a diminuição da capacidade funcional da glândula.

Uma causa comum em décadas passadas, mas rara nos dias de hoje, é deficiência de iodo no organismo (necessário para a produção dos hormônios tireoideanos). Os produtores de sal são obrigados, por lei, a adicionar iodo ao produto industrializado. "É uma maneira barata e simples de repor o iodo e evitar o hipotireoidismo devido à sua deficiência", comenta a médica.





Atualmente mais de 5 milhões de pessoas tem problemas com a tireóide, glândula responsável pelo bom funcionamento hormonal do organismo. A grande maioria dessas pessoas vivem em freqüente batalha com com próprio organismo, e as vezes nem sabem o por que, pois ainda não teve seu problema devidamente diagnosticado.
A glândula tireóide trabalha como um ar condicionado. O ar condicionado se desliga quando o ar da sala está suficientemente frio, na falta de ar firo ele volta a funcionar. Assim age essa glândula, se há suficiente hormônio tireóideo no sangue, a glândula pára de fazer hormônio. Quando o corpo necessita mais hormônio da tireóide a glândula recomeça produzindo-o novamente.
Por isso é sempre muito importante mantermos nossas glândulas em bom funcionamento.

Importante saber:

Antes de mais nada vamos esclarecer, não existe uma epidemia das doenças, apenas o avanço nas nas técnicas de diagnóstico.
* De acordo com médicos é engano imaginar que o hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos.
A causa do ganho de peso em pacientes com hipotireoidismo é complexa, e nem sempre está relacionada apenas ao ganho de gordura de indivíduos com baixa TMB. A maioria do ganho de peso que ocorre em pessoas com hipotireoidismo se deve à retenção de sal e água (inchaço). Em geral, pessoas que desenvolvem hipotireoidismo ganham em torno de 3 a 5 quilogramas de peso devido ao problema de tireóide, sendo a maioria do peso ganho relacionado ao inchaço, e não ao acúmulo de gordura.
* Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer pois produzem mais queima de massa muscular do que de gordura.
O uso de hormônio tireoidiano para emagrecer traz vários riscos à saúde (exatamente da mesma forma que o hipertireoidismo), ou seja, o paciente perde peso mas apresenta todos os sinais e sintomas de hipertireoidismo, com riscos sérios principalmente para os ossos e o coração. Por isso, o uso de hormônio tireoidiano não tem qualquer papel no tratamento da obesidade, e é formalmente contraindicado devido aos riscos inerentes ao seu uso. A única exceção são os pacientes obesos com hipotireoidismo, que têm indicação para o uso de hormônio tireoidiano (somente recomendado por um médico), devido à doença tireoidiana associada, não à obesidade.

Hipotireoidismo

É a baixa ou nenhuma produção de hormônios, faz com que o organismo trabalhe devagar. Assim causando muitos problemas hormonais e ainda uma dificuldade ainda maior para eliminar os quilinhos.
Pode ser causado pela Tireoidite de Hashimoto, uma doença auto-imune que provoca a redução gradativa da glândula. E falta ou excesso de iodo na dieta.
Sintomas comuns:
·Cansaço
·Depressão
·Adinamia (falta de iniciativa)
·Pele seca e fria
·Prisão de ventre
·Diminuição da freqüência cardíaca
·Decréscimo da atividade cerebral
·Voz mais grossa como a de um disco em baixa rotação
·Mixedema (inchaço duro)
·Diminuição do apetite
·Sonolência
·Reflexos mais vagarosos
·Intolerância ao frio
·Alterações menstruais e na potência e libido dos homens.
Pergunta importante
Hipotireoidismo provoca ganho de peso?
SIM – O hipotireoidismo pode provocar um pequeno ganho de peso, mas não causa obesidade. Além disso, o tratamento do hipotireoidismo nem sempre se associa a perda de peso. Esse ganho de peso é geralmente de 3 a 5Kg , e se deve principalmente ao inchaço, e não do acúmulo de gordura.

Hipertireoidismo

é quando o organismo fica “acelerado”, em função do excesso de hormônio tireóideo no sangue. Em mulheres esse problema pode causar alterações menstruais e até infertilidade. Em grande parte das pessoas é visível o aumento da parte inferior do pescoço, o que pode ainda causar até paralisia da musculatura dos olhos.
Pode ser causado pelas, Doença de Graves, doença hereditária que se caracteriza pela presença de um anticorpo no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos. E pelo Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos sem a interferência do TSH, hormônio produzido pela hipófise.

Sintomas comuns:
·Hiperativação do metabolismo
·Nervosismo e irritação
·Insônia
·Aumento da freqüência cardíaca
·Intolerância ao calor
·Sudorese abundante
·Taquicardia
·Perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas
·Tremores
·Olhos saltados
·Bócio
·Comprometimento da capacidade de tomar decisões equilibradas
Pergunta importante:
Hipertireoidismo provoca perda de peso?
Sim – Entretanto, cerca de 10% dos pacientes com hipertireoidismo não perdem peso, ou até ganham alguns quilos. Além disso, o peso perdido por causa do hipertireoidismo geralmente é recuperado com o tratamento da doença da tireóide Essa perda de peso pode ser importante, representando mais de 10-15% do peso corporal em alguns casos.

Diagnóstico

Os problemas mais comuns referentes à tireóide são os hipotireoidismo e hipertireoidismo, mas que sem o devido tratamento pode ser tornar até um câncer.
Somente com exames pedidos por um médico pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH produzido pela hipófise e dos hormônios T3 e T4 produzidos pela tireóide.
Níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios da tireóide caracterizam o hipotireoidismo. TSH baixo e alta dosagem de hormônios da tireóide caracterizam o hipertireoidismo.
Portanto o melhor mesmo é sempre consultar seu médico, antes de entrar em pânico.

Tratamentos

O tratamento é dado de acordo com os níveis hormonais indicados em cada paciente. E este deve ser iniciado o quanto antes.
No hipotireoidismo,faz-se a reposição do hormônio tireoxina que a tireóide deixou de fabricar. Ele deve ser tomado por toda a vida, pois é muito difícil a doença regredir, mas o tratamento dá resultados satisfatórios na maioria dos casos.
No hipertireoidismo, deve ser iniciado imediatamente após ser diagnosticado, principalmente na 3ª idade a fim de evitar a ocorrência de arritmias cardíacas, hipertensão, fibrilação, infarto e osteoporose. O tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia e depende das características e causas da doença.

Dieta balanceada

* Pessoa com problemas hormonais causados pelo belo mal funcionamento da tireóide devem sempre ter um acompanhamento médico, para seguir uma dieta. Esta deve ser o mais completa e balanceada possível.
* Deve-se sempre manter um consumo certo de sal iodado, para que não seja a mais ou à menos do necessário. Este consumo não deve passar de 5 a 6 gramas por dia, para um adulto. sendo crianças de 3 a 4 gramas. (Medir exatamente essa quantidade é bem complicado, entãoseja sempre muito regrada ao temperar seus alimentos e de sua família).
* Como já foi dito no artigo Como acelerar seu seu metabolismo e dar mais eficácia e rapidez na sua dieta, existem vários alimentos que podem ajudar a mantermos esse bom funcionamento.
Mas existem alimentos que podem nos ajudar muito mais. como por exemplo:
Fonte de magnésio: Alfafa, Amêndoas, Maçãs, Pêssegos, Abacate, Castanha do Pará, Arroz integral, Salsão, Figo, Peixe, Salsa e Uvas!
Fonte de cálcio: Brócolis, Couve flor, Couve manteiga, Semente de gergelim, Lentilha, Semente de girassol,
Fonte de potássio: Damasco, Banana, Cenoura, Salsa, Ervilhas, Salmão, Sardinha, Espinafre, Cereais integrais
Fonte de iodo: Frutos do mar e peixes.
* Beber bastante água é vital para qualquer pessoa em qualquer situação. Chás e sucos também são sempre bem vindos.
Atenção: Nossas dicas são meramente informativas. Informações essas que jamais devem ser consideradas como uma consulta. No caso de sentir tais sintomas e ter desconfianças sobre seu estado de saúde procure imediatamente um bom médico. Quando antes for diagnosticado o problema, mais rápido será solucionado o problema.